sexta-feira, 20 de abril de 2018

REESTRUTURAÇÃO DAS CARREIRAS: “O SOLDADO PODERÁ CHEGAR A CORONEL”


É O QUE DEFENDE O TENENTE RAJÃO, ESPECIALISTA EM SEGURANÇA. TENENTE RAJÃO DESMISTIFICA A TESE DE QUE O SOLDADO NÃO POSSA CHEGAR A CORONEL



GB: Rajão por qual razão Você defende a tese de que aqueles que entraram nas corporações como Soldado possam chegar a Coronel?
TENENTE RAJÃO: Antes de tudo quero dizer que sou oficial de Academia. E foi justamente na Academia que comecei a observar que o Cadete que já tinha sido militar, e em especial da mesma corporação, possuía mais experiência e um melhor desempenho nas atividades fins. Desde então comecei a questionar a estrutura hierárquica (graduações e postos) dos diversos quadros das corporações. E constatei uma grande injustiça estrutural: aqueles Militares que entraram como Soldados só poderiam chegar ao final de sua carreira, na época, como Capitão, e atualmente, Major. A pergunta que faço é a seguinte: se um oficial médico, dentista, enfermeiro, complementar (que não são oficiais de academia) podem chegar ao posto de Coronel, por qual razão um Oficial Administrativo (aquele que veio de Soldado) não possui o mesmo direito?!! Ora, aquele profissional que entra pela base da estrutura - como Soldado, deveria possuir o direito de chegar ao último posto de sua instituição. Mas o que vemos hoje é o contrário. Por mais dedicado, competente e profissional que seja (possua qualidade técnica, certificações, especializações, condecorações, notórios conhecimentos, etc.) o Oficial Administrativo não possui o 'direito' de chegar ao posto de Coronel.

GB: O que Você propõe é uma quebra de paradigma?
TENENTE RAJÃO: É mais do que isso. É a superação de mais um degrau evolutivo das nossas Corporações. E vou mais além, é a correção de um erro estrutural histórico.

GB: Porque erro estrutural histórico?
TENENTE RAJÃO: Nós já tivemos excelentes Oficiais Administrativos que possuíam pré-requisitos para serem Coronéis, mas que chegaram apenas ao posto de Capitão ou de Major. Considero erro histórico, pois já tivemos Coronéis que não eram de Academia, a exemplo dos Coronéis Abelardo, Almeida, Valdemir, Jair, Natividade e outros. Ora, se já tivemos Coronéis que vieram de Soldado, por qual razão não poderíamos evoluir para um novo modelo?!

GB: Rajão como seria essa mudança?
TENENTE RAJÃO: Temos uma minuta em que se estabelecem as seguintes alterações: 1) A primeira seria a criação dos postos de Tenente-coronel e de Coronel para os Oficiais Administrativos. 2) A segunda alteração seria a mudança do acesso ao Curso de Formação de Oficiais - as vagas seriam voltadas aos militares da Corporação e  da Escola Preparatória de Cadetes. 3) A terceira alteração seria a promoção ser feita por interstício somada à titularidade, independentemente de vaga, para que haja fluidez na carreira. 

GB: Existe a Escola Preparatória de Cadetes?
TENENTE RAJÃO: Ainda não. Mas a ideia é criar as Escolas aproveitando as estruturas dos Colégios Dom Pedro II (Bombeiros) e Tiradentes (PMDF).

GB: Rajão, o que Você propõe é o acesso único?
TENENTE RAJÃO: Em parte sim, mas dito de outra maneira. Explico: o acesso ao Curso de Formação de Oficiais seria aberto a todos, entretanto, seria exigido o pré-requisito de titularidade – somente poderão concorrer ao CFO os titulares dos cursos de Técnico ou Tecnólogo em Segurança Contra Incêndio (CBMDF) e de Segurança Pública (PMDF). E esses cursos corresponderiam nada mais que o Curso de Formação de Soldados de ambas as Corporações ou das Escolas Preparatórias de Cadetes.

GB: Exigiria uma formação prévia?
TENENTE RAJÃO: Sim. A exemplo dos Concursos para Delegado, não é necessário a formação jurídica prévia? Então... O concurso para o CFO seria aberto a todos, desde que tenham a formação prévia de Técnico ou Tecnólogo em Segurança Contra Incêndio (CBMDF) e de Segurança Pública (PMDF).

GB: Rajão, qual a vantagem desta mudança?
TENENTE RAJÃO: Ao exigirmos a necessidade do Soldado ter curso superior é o prenúncio de que devemos evoluir estruturalmente. Não é lógico exigir uma melhor qualificação de um profissional para nada, concorda?! Então temos que admitir que o acesso ao Oficialato deverá passar pela a entrada como Soldado. Se um civil quiser ser oficial deverá adentrar a instituição como Soldado de nível superior, para depois buscar o acesso ao oficialato. Esta é a evolução. Estaremos prestigiando o profissional capacitado, aquele que estuda e que se aperfeiçoa. A carreira ficará mais atrativa. Aproveitaremos melhor os quadros. Acabaremos com a velha retórica dicotômica de Oficiais e de Praças.

GB: Rajão seria uma carreira única?
TENENTE RAJÃO: Não entendo dessa maneira. Continuaríamos com as carreiras existentes hoje, mas para se alcançar uma carreira seria necessário acessar a outra previamente. Logo, teríamos dois caminhos para se chegar ao oficialato. Teríamos o caminho mais longo (Oficial Administrativo) ou o caminho mais rápido (Oficial Combatente – de Academia – CFO).

GB: E como seria esta mudança, Rajão?
TENENTE RAJÃO: Seria um trabalho em conjunto com o Legislativo Federal, com o Executivo Federal e com o Executivo Local. Caso haja esta vontade institucional, baseada em um estudo técnico fundamentado e com a devida reformulação das leis da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
Defendo essas mudanças na Polícia Militar do Distrito Federal e no Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal pelo o seu valor simbólico. Estamos na Capital da República e sempre fomos vanguarda das instituições no País.
Acho que os tempos de mudança estão chegando!!!
É hora de deixarmos os tabus de lado e pensarmos numa evolução institucional de âmbito local e nacional.




É hora de repensarmos a Segurança Pública no Brasil!!!

PARA MAIORES INFORMAÇÕES, ENTRE EM CONTATO COM O TENENTE RAJÃO NO WATSAP (61) 99661.18.35  OU NO EMAIL  udn.nacional@gmail.com

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