sexta-feira, 29 de agosto de 2014

DF: Arruda tenta manter candidatura com mais uma medida cautelar


Os advogados de José Roberto Arruda (PR) entraram com mais uma medida cautelar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) (veja abaixo) na tentativa de manter a sua candidatura.
A medida cautelar de número 23 180 foi autuada nesta sexta-feira. Está no gabinete do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, relator do recurso de Arruda no STJ.

Com essa nova investida, o grupo que defende o ex-governador tenta ganhar tempo para que uma outra medida cautelar, a de número 22 833 ( abaixo) seja apreciada o quanto antes pelo mesmo ministro.

Esse recurso questiona a validade das condenações por improbidade administrativa contra Arruda. O candidato quer provar que o juiz de primeira instância, Álvaro Ciarlini, atuou parcialmente nesse caso, o que, se aceita a tese no STJ, tornaria sem validade as sentenças de primeira e segunda instâncias contra o ex-governador...

A tese da defesa de Arruda é provar que sem condenações ele não poderia ter sido enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

Além da dificuldade de provar a tese, considerada totalmente sem fundamento pelo Ministério Público, Arruda também corre contra o relógio.

Uma suposta decisão favorável só teria validade para ele, caso fosse dada até o prazo final para a troca de candidato nas chapas formadas para as eleições de outubro. Esse prazo é o dia 15 de setembro. Mas nem todos os dias há sessões no STJ. Elas ocorrerão nos dias 2, 4, 6, 9 e 16. Portanto, os advogados de Arruda se apressam para que Napoleão dê seu despacho até a sessão do dia 9. No dia 16, essa decisão já seria inócua.

Ocorre que em 25 de agosto, o ministro Napoleão deu o seguinte despacho: “Diante da potencialidade infringente do Agravo Regimental, abre-se vista à parte contrária, para eventual manifestação”.

E daí? Nesse despacho, não há fixação de prazo para o Ministério Público. Regimentalmente, o MP tem dez dias para fazer o seu parecer, contados do momento em que toma ciência do despacho, o que até este momento não ocorreu.

Se o MP se valer de seu prazo integral, então, será mais um entrave tempestivo para Arruda. Por isso, a medida cautelar apresentada nesta sexta (29).

O contexto faz da situação política de Arruda praticamente insustentável. O grupo que o apoia vai cobrar dele colocar em prática o plano B. É só uma questão de tempo. E pelo visto está contado em uma ampulheta, grão a grão.


Fonte: Por LILIAN TAHAN, blog Grande Angular

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