quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Policiais longe de chegar a acordo


Por Ludmila Rocha e Renan Bortoletto

Duas assembleias  e o temor de o que impasse na segurança pública do Distrito Federal ainda não acabe. O GDF, de sua parte, já anunciou que serão publicados hoje dois decretos que estabelecem os novos valores para os auxílios alimentação e moradia dos servidores. Mas, enquanto isso, persiste o embate entre oficiais e praças da PM e bombeiros...

Entre as melhorias oferecidas pelo GDF às instituições estão majoração do auxílio-alimentação de R$ 650  para R$ 850  a partir de maio; revisão do auxílio-moradia no valor de R$ 370, e a disponibilidade financeira na execução orçamentária. O pagamento ocorrerá em três etapas anuais até setembro de 2016.

Contudo, ontem pela manhã, aproximadamente dez mil praças e oficiais se reuniram em frente ao Palácio do Buriti e rejeitaram a proposta, que prevê 22% de aumento salarial por meio das gratificações. Mais tarde, no Clube dos Oficiais da PMDF, cerca de dois mil policiais militares e bombeiros aceitaram o reajuste. Após longo discurso aos seus subordinados, o comandante-geral da Polícia Militar, Anderson Moura, afirmou que se reuniria imediatamente com a cúpula do governo para informar a decisão.

Novo encontro

O presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar do DF (Asof-DF), Fabio Pizetta, disse que a entidade reconheceu os esforços do governo. “Somos favoráveis à proposta apresentada. O importante agora é agregar, não existe divisão de grupos e equipes.”

O comandante-geral da PM, Anderson Moura, classificou a proposta de reajuste como “arrojada” e também disse que a assembleia na manhã de ontem não representa a “real vontade” da PM. “Ela foi feita por pessoas que mal sabem o que é a Esplanada, gente que tem interesse político e até pessoas que passaram em concurso e ainda não foram chamados”, disse. O comandante reforçou que a interlocução com o governo é feita pelo comando-geral.

O sargento Manoel Sansão Alves Barbosa,  Sansão, vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do DF (Aspra-DF), admitiu que um grupo vestido com camisas brancas se tratava de recém-aprovados em concurso, mas segundo ele, eram a minoria. “Tínhamos entre 10 e 12 mil policiais em frente ao Palácio do Buriti, e isso não descaracteriza nossas reivindicações”, lembrou.

Versão Oficial

Em nota, o Governo do Distrito Federal reforçou o posicionamento de que vai manter  as condições de melhoria às categorias  e que esta “é a melhor proposta apresentada nos últimos 12 anos para reestruturar a remuneração dos militares.

Meta é pôr as casas em ordem

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Júlio César dos Santos, disse que a segurança do DF não pode viver num impasse. “Não é possível que duas instituições seculares (a PM e a Polícia Civil) sejam expostas. O objetivo aqui é alcançar a regularização das carreiras”, afirmou.

Impasse

 Depois da assembleia na parte da tarde, policiais militares e representantes de associações persitiram em reivindicar isonomia salarial com a Polícia Civil, reestruturação de carreira da PM e reajuste salarial linear. “Eu fui convidado para participar desta assembleia à tarde para tratar de assuntos debatidos de manhã. Agora, uma assembleia com duas mil pessoas querer desconsiderar outra que teve adesão de mais de dez mil?”, questionou o sargento Manoel Sansão Alves Barbosa, vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do DF (Aspra-DF).

Alerta

Manoel   Sansão garantiu que as associações não irão retroceder e que já havia acionado seu departamento jurídico para tentar reverter a situação. “Amanhã vamos nos reunir novamente em Taguatinga com representantes de dez associações. Se findado o acordo entre o Comando da PM e o governo, nós iremos tentar embargar a decisão. Se isso não ocorrer, então vamos continuar com a operação legalidade”, diz.
Fonte: Jornal de Brasília 

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