por Gerson Camarotti
Apesar de resistir inicialmente a renunciar ao mandato, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) acabou cedendo às pressões de seu partido, que se intensificaram nos últimos, mesmo depois de ele ser preso. O argumento dos colegas de legenda é de que a insistência dele poderia causar forte desgaste à imagem do PT e expor a própria bancada, que teria de votar sozinha, em votação aberta, pela não cassação do parlamentar condenado no processo do mensalão.
Segundo um petista ouvido pelo Blog, isso ainda causaria um reflexo eleitoral, justamente no momento em que o PT tem candidatos estratégicos em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Segundo o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), até esta quinta-feira (6) a família de João Paulo ainda trabalhava com o cenário de enfrentar o processo de cassação na Casa.
“O companheiro João Paulo abriu mão de seus interesses pessoais em nome do partido. Com esse gesto, só cresceu minha admiração por ele”, disse André Vargas ao Blog, por telefone.
FONTE: http://g1.globo.com/platb/blog-do-camarotti/2014/02/07/os-bastidores-da-renuncia-de-joao-paulo-cunha/
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