quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Impedidos de manter 'tartaruga', PMs se reúnem em frente à sede do GDF

Categoria reivindica 13 promessas feitas por Agnelo; ele diz que cumpriu 9.
Decisão judicial pôs fim à operação tartaruga há quase três semanas.

Policiais militares em reunião geral em frente ao Palácio do Buriti, sede do GDF (Foto: Isabella Formiga/G1)Policiais militares em reunião geral em frente ao Palácio do Buriti, sede do GDF (Foto: Isabella Formiga/G1)



























Policiais militares participam na manhã desta quinta-feira (13) de uma reunião geral em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. A categoria, que saiu da operação tartaruga há quase três semanas após determinação da Justiça, reivindica 13 promessas feitas pelo governador Agnelo Queiroz durante a campanha – incluindo reajuste salarial. O governo afirma que nove já foram cumpridas e anunciou que dará uma resposta aos militares nesta sexta.
De acordo com os PMs, cinco mil pessoas participavam da manifestação às 10h30 – 50% são bombeiros. Eles criticam o governo por ter provocado o Ministério Público para obter a decisão judicial que pôs fim à operação tartaruga em vez de ter dialogado com a categoria.
Policiais militares em reunião geral em frente ao Palácio do Buriti, sede do GDF (Foto: Isabella Formiga/G1)Policiais militares em reunião geral em frente ao Palácio do Buriti, sede do GDF (Foto: Isabella Formiga/G1)
Os policiais também rebateram críticas de que a PM não está preparada para lidar com protestos por causa do tumulto na manifestação desta quarta, do MST. O grupo fez ainda uma homenagem aos militares que se feriram durante o ato.
Durante o protesto em frente ao Buriti, os policiais reclamaram que, mesmo após os confrontos, uma comitiva do MST será recebida pela presidente Dilma, enquanto eles se sentem ignorados.
Policiais militares com bebidas alcoólicas em reunião geral em frente ao Palácio do Buriti, sede do GDF (Foto: Isabella Formiga/G1)Policiais militares com bebidas alcoólicas em ato
em frente ao Palácio do Buriti, sede do GDF
(Foto: Isabella Formiga/G1)
A categoria criou um código de conduta para nortear o comportamento dos militares durante o protesto. Entre as indicações está não ir armado, não levar bebidas alcoólicas, não incitar baderna e depredação e receber bem os políticos que aparecerem na reunião. As recomendações foram publicadas no blog do tenente Poliglota, apontado como um dos líderes do movimento.
Desde que a Justiça determinou o fim da operação tartaruga, PMs decidiram seguir a lei à risca. Com isso, militares têm deixado de dirigir carros da corporação por não terem o curso específico de formação de condutores de veículos de emergência.
O comando da PM chegou a emitir uma portaria que igualava o curso de formação dos policiais ao curso preventivo de direção de veículos de emergência. Mas, nesta quarta, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal suspendeu o documento. Na prática, a decisão livra os PMs de punições, como prisão por desobediência caso se recusem a dirigir viaturas.
Mobilização
Sem reajuste salarial, PMs do DF deflagraram em outubro a "operação tartaruga", enfraquecendo o policiamento ostensivo para cobrar aumento do salário, reestruturação da carreira e pagamento de benefícios aos que estão em atividade e reformados. O Tribunal de Justiça aceitou o pedido do Ministério Público para que a operação fosse declarada ilegal. O descumprimento da decisão tinha como pena multa diária de R$ 100 mil.
Policiais militares em reunião geral em frente ao Palácio do Buriti, sede do GDF (Foto: Isabella Formiga/G1)Policiais militares em reunião geral em frente à
sede do GDF (Foto: Isabella Formiga/G1)
No dia 31 de janeiro, o governador Agnelo Queiroz reuniu a cúpula da segurança pública do DF para pedir que a tropa cumpra suas obrigações. Também entre as medidas para diminuir a sensação de insegurança, ficou determinado que os oficiais iriam as ruas, atuando junto à população e fiscalizando as atividades dos praças.
Com o fim da operação tartaruga, o vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal afirmou que os policiais partirão para outra forma de manifestação.
“Vamos acatar, porque a gente respeita a Justiça. Só que aí vamos partir para outras operações. Vamos abordar todo mundo, inclusive gente do governo que a gente sabe que está irregular. Vamos colocar a criminalidade no zero. Vamos encher as delegacias. Não é isso que o governador quer? Então pronto. Então vamos ajudar a sociedade. Já que o governador não tem compromisso com os policiais e bombeiros, nós vamos mostrar que temos com a sociedade”, disse.
Ele não disse quem eram as pessoas que ele chamou de "gente do governo" nem quais eras as irregularidades supostamente cometidas por elas. Em reunião do governador com a cúpula da segurança, Agnelo classificou a manifestação dos PMs de "política".

FONTE: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2014/02/sem-tartaruga-pms-fazem-reuniao-geral-em-frente-sede-do-gdf.html

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