Categoria reivindica 13 promessas feitas por Agnelo; ele diz que cumpriu 9.
Decisão judicial pôs fim à operação tartaruga há quase três semanas.
Policiais militares participam na manhã desta quinta-feira (13) de uma reunião geral em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. A categoria, que saiu da operação tartaruga há quase três semanas após determinação da Justiça, reivindica 13 promessas feitas pelo governador Agnelo Queiroz durante a campanha – incluindo reajuste salarial. O governo afirma que nove já foram cumpridas e anunciou que dará uma resposta aos militares nesta sexta.
De acordo com os PMs, cinco mil pessoas participavam da manifestação às 10h30 – 50% são bombeiros. Eles criticam o governo por ter provocado o Ministério Público para obter a decisão judicial que pôs fim à operação tartaruga em vez de ter dialogado com a categoria.
Os policiais também rebateram críticas de que a PM não está preparada para lidar com protestos por causa do tumulto na manifestação desta quarta, do MST. O grupo fez ainda uma homenagem aos militares que se feriram durante o ato.
Durante o protesto em frente ao Buriti, os policiais reclamaram que, mesmo após os confrontos, uma comitiva do MST será recebida pela presidente Dilma, enquanto eles se sentem ignorados.
A categoria criou um código de conduta para nortear o comportamento dos militares durante o protesto. Entre as indicações está não ir armado, não levar bebidas alcoólicas, não incitar baderna e depredação e receber bem os políticos que aparecerem na reunião. As recomendações foram publicadas no blog do tenente Poliglota, apontado como um dos líderes do movimento.
Desde que a Justiça determinou o fim da operação tartaruga, PMs decidiram seguir a lei à risca. Com isso, militares têm deixado de dirigir carros da corporação por não terem o curso específico de formação de condutores de veículos de emergência.
O comando da PM chegou a emitir uma portaria que igualava o curso de formação dos policiais ao curso preventivo de direção de veículos de emergência. Mas, nesta quarta, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal suspendeu o documento. Na prática, a decisão livra os PMs de punições, como prisão por desobediência caso se recusem a dirigir viaturas.
Mobilização
Sem reajuste salarial, PMs do DF deflagraram em outubro a "operação tartaruga", enfraquecendo o policiamento ostensivo para cobrar aumento do salário, reestruturação da carreira e pagamento de benefícios aos que estão em atividade e reformados. O Tribunal de Justiça aceitou o pedido do Ministério Público para que a operação fosse declarada ilegal. O descumprimento da decisão tinha como pena multa diária de R$ 100 mil.
Sem reajuste salarial, PMs do DF deflagraram em outubro a "operação tartaruga", enfraquecendo o policiamento ostensivo para cobrar aumento do salário, reestruturação da carreira e pagamento de benefícios aos que estão em atividade e reformados. O Tribunal de Justiça aceitou o pedido do Ministério Público para que a operação fosse declarada ilegal. O descumprimento da decisão tinha como pena multa diária de R$ 100 mil.
No dia 31 de janeiro, o governador Agnelo Queiroz reuniu a cúpula da segurança pública do DF para pedir que a tropa cumpra suas obrigações. Também entre as medidas para diminuir a sensação de insegurança, ficou determinado que os oficiais iriam as ruas, atuando junto à população e fiscalizando as atividades dos praças.
Com o fim da operação tartaruga, o vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal afirmou que os policiais partirão para outra forma de manifestação.
“Vamos acatar, porque a gente respeita a Justiça. Só que aí vamos partir para outras operações. Vamos abordar todo mundo, inclusive gente do governo que a gente sabe que está irregular. Vamos colocar a criminalidade no zero. Vamos encher as delegacias. Não é isso que o governador quer? Então pronto. Então vamos ajudar a sociedade. Já que o governador não tem compromisso com os policiais e bombeiros, nós vamos mostrar que temos com a sociedade”, disse.
Ele não disse quem eram as pessoas que ele chamou de "gente do governo" nem quais eras as irregularidades supostamente cometidas por elas. Em reunião do governador com a cúpula da segurança, Agnelo classificou a manifestação dos PMs de "política".
FONTE: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2014/02/sem-tartaruga-pms-fazem-reuniao-geral-em-frente-sede-do-gdf.html
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