domingo, 2 de fevereiro de 2014

Dilma estuda mudanças na reforma ministerial para acalmar aliados


Presidente avalia alterações no desenho que havia traçado para o novo governo, para solucionar disputas entre PTB e PMDB por espaço no primeiro escalão

A disputa por espaço no primeiro escalão do governo Dilma Rousseff pode levar a presidente a fazer mudanças no primeiro desenho que vinha pensando para a reforma ministerial. Isso pode significar ceder um sexto ministério ao PMDB e também ascender o PTB à primeira divisão da base por meio do Ministério da Ciência e Tecnologia, em vez do Turismo, para onde as conversas levavam.
A mudança pode ocorrer em função da pressão do PMDB para manter Turismo sob controle do grupo liderado pelo ex-presidente José Sarney. O partido havia sinalizado que cederia a pasta para manter o controle sobre cinco ministérios, desde que em troca recebesse a Integração Nacional – pasta cujo comando deve ficar com o PROS, em sinal de apreço de Dilma aos irmãos Cid e Ciro Gomes pela ruptura com o PSB do presidenciável Eduardo Campos.
Sem a Integração garantida para o PMDB, o partido passou a cobiçar manter o Turismo e atingir a sexta pasta na Esplanada dos Ministérios por meio da Secretaria Especial de Portos – cujo status de ministério rende um orçamento atraente para investimentos em infraestrutura.
O PTB também flertou com a Integração e, agora, embora haja uma ala do partido que se dê por satisfeita caso possa controlar Turismo, outro grupo de trabalhistas alimenta a ideia de ficar com Portos.

Dilma encontra Fidel Castro em Havana (27/01/2014). Foto: AP


Portos se transformou, assim, na pasta mais cobiçada neste momento e a disputa preocupa Dilma. A presidente sinalizava com a possibilidade de ceder Portos ao PMDB com a liberação de Turismo para o PTB, mas já começou a sondar os partidos para ver como reagem à ideia de colocar os trabalhistas em Ciência e Tecnologia.
Ciência já teria sido oferecida ao PTB em meados de 2013, quando começaram as primeiras conversas sobre a reforma. O partido, entretanto, teria considerado a pasta muito técnica.
O problema para o Planalto é que, embora o atual ministro Marco Antônio Raupp seja filiado ao PMDB e agrade a Dilma, ele é tido pelo partido como uma escolha pessoal da presidente e não como parte da cota de cargos peemedebistas – o que pesaria numa decisão para deixar o PTB à frente de Ciência e Tecnologia.
Outro nome que Dilma avalia, este com potencial para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), é o do empresário Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar. Ele se filiou ao PMDB, mas sua escolha integraria a cota pessoal da presidente no primeiro escalão. A resistência do PMDB em reconhecer Josué pode levar a presidente a rever a escalação do presidente da Coteminas.
    FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2014-01-31/dilma-estuda-mudancas-na-reforma-ministerial-para-acalmar-aliados.html

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