quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Deputada brasileira na Itália defende extradição de Pizzolato


Renata Bueno representa a América do Sul no Parlamento italiano.
Condenado no processo do mensalão foi preso na Itália, segundo a PF. 


A ítalo-brasileira Renata Bueno, que ocupa uma das cadeiras de deputada representando a América do Sul no Parlamento italiano, defendeu nesta quarta-feira (5) que a Itália abra um processo para extraditar o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato para o Brasil.
Único dos 25 condenados considerado foragido no processo do mensalão, Pizzolato foi preso nesta quarta em Maranello, cidade famosa por abrigar a fábrica e museu da Ferrari. Segundo a assessoria da PF, “aparentemente ele estava com um documento falso”, mas não há confirmação se era o passaporte.

O Parlamento italiano possui vagas para deputados e senadores que são eleitos em outros continentes e representam os italianos e descendentes que vivem em outros países. Renata ocupa uma das quatro vagas para deputados destinas à América Latina.
Segundo ela, a discussão acerca da possibilidade de extradição de Pizzolato deve gerar um grande debate na Itália. Além de ser considerado foragido e incluído na lista de procurados internacionalmente da Interpol, Pizzolato teria cometido um crime também na Itália, caso seja comprovado o uso de um documento falso.
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Site da Interpol traz imagem de passaporte de Celso Pizzolato, irmão do condenado foragido (Foto: Reprodução/Interpol)Site da Interpol traz imagem de passaporte de
Celso Pizzolato, irmão do condenado foragido
(Foto: Reprodução/Interpol)
“Como ele também cometeu um crime na Itália, precisamos num primeiro momento saber como pode se dar esse processo. Já estou em contato com autoridades italianas para verificar essa situação. Mas posso adiantar que o Brasil pode e deve pedir a extradição do condenado no mensalão”, informou Renata em nota. 
Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. Sua prisão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após o julgamento do último recurso, em 13 de novembro. A pena deve ser cumprida em regime fechado, em presídio de segurança média ou máxima.
Após a expedição dos primeiros mandados de prisão na ação do mensalão, Pizzolato anunciou, por meio do advogado, que deixou o país e foi para a Itália. Ele tem dupla nacionalidade e teria saído do território brasileiro 45 dias antes de ter a prisão decretada.
Para a deputada ítalo-brasileira, a dupla cidadania não deveria beneficiá-lo. “É preciso evitar que esse direito dado aos descendentes italianos seja usado em favor da impunidade”, afirmou.
FONTE:
    http://g1.globo.com/politica/mensalao/noticia/2014/02/deputada-brasileira-na-italia-defende-extradicao-de-pizzolato.htm
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